" Eis o meu segredo. É muito simples:
só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."
(O Pequeno Príncipe)

A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa.
- Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.
Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos,
os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

(O Pequeno Príncipe)

As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: "Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que ele coleciona borboletas?" Mas perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?" Somente então é que elas julgam conhecê-lo.
Se dizemos às pessoas grandes: "Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado..." elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma ideia da casa. É preciso dizer-lhes: "Vi uma casa de seiscentos contos". Então elas exclamam: "Que belezura!"
Mas nós, nós que compreendemos a vida, nós não ligamos para os números. 
(O Pequeno Príncipe)

No pain, no gain!
Sem dor, sem ganho!

Quando eu era criança, tinha tantos sonhos. Queria poder trabalhar em algo que eu realmente gostasse, queria encontrar um príncipe encantado, casar e viver feliz para sempre igual os contos de fadas. Mas na medida em que você vai crescendo, os sonhos e desejos vão mudando. O destino te afasta de algumas coisas, traz outras novas que você jamais imaginou um dia viver. Já mudei tantas vezes de opinião, já quis tantas coisas diferentes. Quis tudo ao mesmo tempo, não quis nada. Hoje eu não sei responder como estou, pois a cada segundo a vida vai seguindo o seu curso natural e eu tenho que deixar o barco seguir o mesmo percurso. É complicado quando se quer remar diferente, quando se quer seguir caminhos opostos, pois o trabalho é árduo, pesado, é preciso querer muito mudar a direção, pois tudo tem consequências, até mesmo quando a gente acha que nada vai acontecer. Hoje eu tenho meu modo de pensar, amanhã ele vai ter se alterado. Hoje eu desejo uma coisa, amanhã posso desejar várias diferentes ou não desejar mais nada. 
Sou várias pessoas dentro de um único corpo, vários modos de pensar dentro de uma só mente. Diria que sou uma eterna confusão, pois sinto que jamais irei ser de um único jeito. Sempre vou mudar de ideia, sempre vou dizer coisas diferentes e principalmente, meu sentimentos sempre irão se alternar.
Sábio é o Raul que dizia: "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo!"
(Ká Nisticó)

Ás vezes tenho vontade de ter nascido em outro corpo, com outro nome, em outro lugar, outra casa, outra cidade, outras pessoas, outro emprego, outros amigos, outras roupas, outro cabelo, outros olhos, etc. A noite quando deito em minha cama para dormir e fecho os olhos, tenho a esperança de acordar e ver que tudo está diferente, do jeito que sempre sonhei!
Apesar de ter muita coisa, sinto como se não tivesse nada. Até hoje não alcancei nenhum objetivo, não realizei nenhum sonho, ao contrário, apenas me distanciei ainda mais deles.
Sou uma pessoa infeliz, vivendo com as suas frustrações diárias dentro do peito, sabendo que meu coração chora enquanto meus lábios sorriem. Não é fácil fingir ser feliz o tempo todo, as vezes a dor quer transbordar pelos olhos em forma de lágrimas, mas o orgulho é tão forte que me faz resistir. Sabe o que viver onde ninguém te compreende por ser o que é? Ter que fazer uma coisa que você nunca quis, nunca escolheu, para o resto da vida? Não, você não sabe como é quando seu corpo inteiro parece querer explodir e você necessita tirar forças, só Deus sabe de onde, para se manter inteiro. Ninguém sabe o que é passar vinte e quatro horas do seu dia brigando consigo mesmo, tentando se entender, tentando fazer doer menos. Aguentar um dia de cada vez, esse é o lema, embora eu sinta que meu corpo não está mais aguentando nada. Isso não é se fazer de vítima, não é querer atenção, é guardar tudo sempre pra si mesmo e não deixar transparecer a ninguém. É fingir que não se importa (ou realmente não conseguir se importar mais), é ser indiferente, distante, sozinha. Talvez por não querer afastar as pessoas de mim, eu acabo me afastando delas. Isso não significa fraqueza, pelo contrário, isso se chama força. E pra mim, nas minhas condições, Ser forte é, enfim, viver quando já se está morto, assim como eu me sinto.

(Ká Niisticó)

Tudo passa. Chuva passa. Tempestade passa. Até furacão passa. Difícil é saber o que sobra.

Quando eu tinha 5 anos, minha mãe sempre me disse que a felicidade era a chave para a vida. Quando eu fui para a escola, me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Eu escrevi “feliz”. Eles me disseram que eu não entendi a pergunta, e eu lhes disse que eles não entendiam a vida.
(John Lennon)

Li em algum lugar que há uma regra de decoração que merece ser obedecida: para onde quer que se olhe, deve haver algo que nos faça feliz.
(Martha Medeiros)

Eu tenho medo de me acostumar com essa vida meia-boca, com esses meio-termos diários, com essas meia-cores que me pintam. Eu tenho muito medo de me acostumar com o que não me faz feliz, com a ideia de falsas esperanças, com um coração gelado. Tenho, tenho medo. Medo de acordar e sentir cada esquina do meu ser implorar para que eu continue dormindo. Medo de saber que preciso voltar, mas não conseguir sequer dar um passo pra frente.

Retrucou ela, rindo, também. – Saiba, pois, que sou muito senhora da minha vontade, mas pouco amiga de a exprimir; quero que me adivinhem e obedeçam; sou também um pouco altiva, às vezes caprichosa, e por cima de tudo isso tenho um coração exigente. Veja se é possível encontrar tanto defeito junto.
(Machado de Assis)

De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades: não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma; cuidado com o que anda desabafando; conte até três (tá certo, se precisar, conte mais); antes só do que muito acompanhado; esperar não significa inércia, muito menos desinteresse; renunciar não quer dizer que não ame; abrir mão não quer dizer que não queira. O tempo ensina, mas não cura.
(Martha Medeiros)

Ser forte é, enfim, viver quando já se está morto.

Ela era forte, e sabia. Por isso andava sorrindo por aí, ignorando todas as suas dores.

Que tolice, eu sempre achei minhas amarguras todas muito especiais. A verdade é que todo mundo sofre meio parecido, pelas mesmas razões.

Eu, do fundo do meu coração, tenho um orgulho absurdo de ser quem eu sou. Não vou dizer que é fácil, e que nunca deu vontade de desistir, mas vale muito mais a pena continuar.

Não há lugar para onde correr: as mudanças, quando precisam acontecer, sabem como nos encontrar.